Posts Tagged ‘Mussolini’

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Palavras de Lutzenberger

março 17, 2009

§ Me interesso muito pouco pela minha pessoa. Olho sempre para a frente. Custo a entender que estou com 75 anos.

§ Na hora, digo o que penso, boto para fora. Uso a emoção. Se alguma coisa me excita, falo excitado. Se me agridem, passo a agredir. Mas não sinto raiva ou ressentimento.

§ Em Brasília, todos são cínicos e não entendem como você não possa ser (sobre sua passagem como ministro do governo Collor).

Lutzenberger

§ A Alemanha fez penitência pelo holocausto. Mas o Brasil ainda deve a sua pelo que fez com os índios e os negros.

§ Os aviários se transformaram em campo de concentração de galinhas. Vem aí a galinha louca.

§ Capitalismo e comunismo são, na verdade, duas seitas da mesma coisa, que é o industrialismo.

§ A sociedade de consumo é, no fundo, uma religião fanática, um fundamentalismo pior do que o do Bin Laden. Está arrasando o planeta.

§ Há um governo mundial tecnoditatorial dos grandes grupos. O governo mundial é privado.

§ Li Marx de ponta a ponta no original, em alemão. Ele é tão tecnocrata quanto os capitalistas.

§ Hitler e Mussolini também diziam ser socialistas, como Fidel. Essa palavra e ser de esquerda não significam mais nada.

§ O livre mercado não resolve tudo, até porque é manipulado. O mercado só vê demanda, não vê necessidades. Os mercados são cegos para as gerações futuras.

§ Os padres são mais safados que os comunistas. Oferecem o paraíso para depois da morte, quando já não é possível cobrar nada deles.

 José Antônio Lutzenberger (Porto Alegre, 17 de dezembro de 1926 – Porto Alegre, 14 de maio de 2002) foi um agrônomo e ecologista brasileiro que participou ativamente na luta pelas questões ambientais. Foi secretário-especial do Meio Ambiente da Presidência da República de 1990 a 1992.

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O fracasso da Liga das Nações, algumas razões

outubro 10, 2008

por Douglas Armendone

No fim da I Guerra Mundial, o Tratado de Versalhes (1919) foi assinado pelas potencias européias e encerrou oficialmente a guerra; foi criada a Liga das Nações (1919) com os EUA desejando administrar o mundo, a Liga pretendia arbitrar disputas internacionais e por intermédio disso evitar futuras guerras. Devido ao posicionamento dos países sobre o que deveria ser a Liga e como ela deveria agir, ela acabou falida em 1946 apesar de lutar para impor sua autoridade como instituição internacional importante.

Embora a Liga se mostrasse, assim, como uma organização capaz de resolver litígios entre potências menos importantes e de promover um grande leque de atividades humanitárias e econômicas, ela não era capaz de lidar com atos agressivos de seus membros mais importantes. E, lembrar de seus sucessos iniciais – prevenção dos conflitos nos Bálcãs, ajuda à reconstrução da economia austríaca, fundamentos de uma verdadeira política de desarmamento…-, seria esquecer a impotência da Liga das Nações por ocasião da agressão japonesa à China (Manchúria), em 1931; durante a invasão e anexação da Abissínia (Etiópia) por Mussolini (Itália) em 1935; sem mencionar o rompimento da Alemanha com o início do governo nazista (Hitler – 1933); e o fracasso em matéria de desarmamento.

Em 1939, com a declaração de guerra, a Liga decidiu interromper suas sessões até a paz. Depois de 1939, a Liga das Nações esvaziou-se e restringiu-se a atividades técnicas como a proteção de refugiados e os estudos sobre a futura reconstrução.

Os líderes não ignoraram que muitas vezes os faltou coragem moral, que muitas vezes hesitaram quando era preciso agir, que às vezes agiram quando era preciso e seria mais sensato hesitar. E, alguns dizem que os governos não souberam colocar-se acima de seus interesses particulares.

Esvaziada no fim da II WW, a Liga é substituída pela ONU, que logo seria vista manifestando a mesma impotência em relação a questões de desarmamento.

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