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Mudança climática, consumismo e degradação ambiental

junho 3, 2009

(Douglas Armendone)

O artigo trata das questões de mudança climática, consumismo e degradação ambiental. São utilizadas como ferramentas-base para a análise o documentário “Uma Verdade Inconveniente” e o episódio dos Simpsons “Embate de Titãs”. Outrossim, artigos acadêmicos, publicações especializadas e produções artísticas e literárias são também recursos aplicados.  

“O cérebro humano é maior que o dos primatas, mas os macacos não destroem o ambiente em que vivem”.

(autor desconhecido)

Freqüentemente, na graduação ou mesmo em outras etapas da vida escolar, o aluno costuma ler apenas trechos essenciais de algumas obras a fim de apreender o mínimo necessário dentro do curso/disciplina a que se dedica. Afora este ritmo de leitura que também é comum a mim, costumo buscar livros outros que não estejam diretamente relacionados ao meu campo de estudo: as relações internacionais.[1]

O último livro que li por inteiro é intitulado “Andar a pé”, leitura da qual logo me lembrei quando da proposta deste artigo. Em seu livro, Thoreau lamenta a evolução da civilização no sentido em que todo o progresso humano consiste na derrubada de árvores de grande porte e de florestas. Segundo ele, a prática não só deformaria o panorama, mas acabaria por torná-lo inexpressivo e vulgar. Também é ele quem diz:

Enquanto quase todos os homens sentem uma atração irresistível que os arrasta para a sociedade, poucos são atraídos fortemente para a natureza. Em suas relações com a natureza, os homens parecem-me, em sua maior parte, e em que pese sua arte, inferiores aos animais. Nem sempre se estabelece uma bela relação como no caso dos animais. Como, entre nós, se aprecia pouco a beleza do panorama. (THOREAU)

Ora, atualmente estão presentes nas discussões sobre questões ambientais atuais alguns autores tão radicais quanto o autor acima a quem faço referência. Conhecidos como ‘preservacionistas’, eles defendem a intocabilidade dos recursos naturais. Porém, existe uma outra vertente ambientalista, com a qual a sociedade ocidental aparenta mais identificação, e que é denominada ‘conservacionista’. Por sua vez, argumentam pelo uso racional dos recursos naturais e o emprego da ciência para mensurar os impactos da ação humana.

Uma e outra têm cada qual sua razão: a primeira classe enxerga a emergência do problema, mas é consumida pelo radicalismo característico que a torna estéril; o segundo grupo consegue identificar a necessidade de ação, em conjunto com o desenvolvimento almejado e imprescindível a inúmeros países.

Ora, não adiantaria tratar da questão ambiental exclusivamente dirigindo-se as suas consequências. A política acertada é aquela em que está incorporada a profilaxia, a prevenção e o emprego de meios para evitá-lo.

Na agenda de Meio Ambiente e Política Internacional atual encontra-se temas principais como: degradação do solo; poluição atmosférica, da água e do ar; crescimento demográfico; crescimento econômico e desenvolvimento social sustentável; segurança ambiental global; recursos genéticos e tecnologia; planejamento energético; mercado de crédito de carbono; etc.

Um dos principais entraves ao avanço nas questões ambientais é a suposta ‘falta de consenso’[2]. Pelo contrário, segundo Al-Gore, o que se nota é um número crescente de especialistas e cientistas seguros de que a ação humana influi e acelera a velocidade com que a mudança climática ocorre.

No ensaio intitulado “Verdadeiro Versus Falso” há um verdadeiro esforço por desconstruir o consenso científico reclamado por Al-Gore, assim reza:

 Há trinta anos começou a surgir a causa do meio ambiente, como sucessora de um desmoralizado intervencionismo econômico, para saciar a ambição de poder dos de índole autocrática. […] As maiores organizações de meio ambiente hoje têm orçamentos de centenas de milhões de dólares, são dirigidas por executivos com salários usuais em grande indústria, os quais empregam todas as artimanhas das agências publicitárias de Madison Avenue para tornar máxima sua renda. Tão grandes são suas custas de processos judiciais que alguns movimentos de meio ambiente mais parecem escritórios de advocacia, que carregam a reboque uma organização não governamental para criar casos.

 […] Uma especulação corrente, o aquecimento global por atividade humana, está rebatido na íntegra do artigo de Richard Lindzen, professor titular de meteorologia do Massachusetts Institute of Technology. Mas nem este instituto de tecnologia, o mais renomado do mundo, fica imune à pseudociência. Em 1972, esteve associado à publicação de Limits to Growth, obra basilar do movimento ecológico, com uma tiragem de milhões de exemplares, com previsões catastróficas que o tempo desmentiu. É hoje lembrado como exemplo das limitações de modelos matemáticos exercidos em computadores, no trato de questões complexas. Mesmo os supercomputadores atuais não têm capacidade para algo mais simples, a explicação e previsão confiável de fenômenos climáticos. (DITCHFIELD)

Menos controversa é que o consumo desenfreado causa distúrbios incontáveis. Trata-se o consumo de uma necessidade ou uma vontade? As leis que regem o comércio, como ilustrado no episódio “Embate de Titãs” dos Simpsons, reafirmam que muito do que é consumido pela sociedade é apenas uma tática comercial para aumentar as vendas de fabricantes e períodos mais tranquilos e de poucos lucros.

O fenômeno da globalização é geometricamente diverso ao longo de todo globo, não se trata de um fenômeno de ocidentalização ou universalização puramente, mas há tendência de suprimir-se grupos menores e localizados. O consumo em si, também não é uniforme.

Nadine Gordimer, em “A Face Humana da Globalização”, aponta que:

O consumo descontrolado no mundo desenvolvido erodiu os recursos renováveis, a exemplo dos combustíveis fósseis, florestas e áreas de pesca, poluiu o ambiente local e global e se curvou à promoção da necessidade de exibir conspicuamente o que se tem em lugar de atender às necessidades legítimas da vida. Enquanto os que fazem parte dessas gerações de consumidores precisam consumir menos, para mais de 1 bilhão de pessoas, consumir mais é uma questão de vida ou morte e um direito básico – o direito de libertar-se da carência.

O próprio sistema capitalista pode ser aqui criticado, como um dos elementos causadores do desequilíbrio na sociedade contemporânea. Vale ressaltar o documentário denominado “Lutzenberger For Ever Gaia” (Direção Frank Coe), que retrata a obra do ecologista José Lutzenberger, figura de grande expressão no movimento ecológico brasileiro e internacional. Neste documentário, Lutzenberger afirma que o Capitalismo e comunismo são, na verdade, duas seitas da mesma coisa, que é o industrialismo. Contudo, a sociedade de consumo é, no fundo, uma religião fanática, um fundamentalismo pior do que o do Bin Laden, acrescenta. E esta sociedade está arrasando o planeta. Para ele, há um governo mundial tecnoditatorial dos grandes grupos. O governo mundial é privado, logo o interesse principal desse setor não é a soberania ou a defesa interesse nacional, senão – digo eu – ampliar a margem de lucro de suas negociações comerciais.

Outra contribuição importante de Lutzenberger é salientar que o livre mercado não resolve tudo, até porque é manipulado. O mercado só vê demanda, não vê necessidades. Os mercados são cegos para as gerações futuras. Essas frases do ecologista gaúcho fazem progredir o entendimento de que a ação do Estado como regulador é essencial para conter a voracidade do mercado e suas imperfeições.

O Meio ambiente é definitivamente um recurso de poder. Portanto, deveria ser tratado como reserva de valor pelos Estados. O Governo deve estimular estratégias complementares para que haja, simultaneamente, progresso e proteção ambiental. O consumo cada vez mais crescente precisa estar em harmonia e compatível com a capacidade dos ecossistemas e das reservas existentes de recursos.

De outra perspectiva, é preciso lembra que o uso prolongado e em grandes quantidade de produtos químicos parta combater pragas na produção agrícola pode causar não apenas danos ao solo, a águas subterrâneas e à própria saúde do ser humano caso ingerido em excesso.

Até que ponto a tecnologia pode resolver os colapsos ambientais? Essa pergunta não pode ser respondida definitivamente, mas contar com o improvável e o incerto não é a melhor saída.

Quando afirmo que o Governo deve estabelecer medidas, incluo tanto o nível federal e estadual, mas também o municipal. O controle e o tratamento técnico adequado de aterros sanitários é importante no conjunto de políticas de proteção ambiental, pois se trata de depósitos de lixo domiciliar e também industrial, o saneamento e o gerenciamento do lixo afetam toda a estrutura da sociedade. Incentivos (p.ex. fiscal) dado pelo Governo a produtos biodegradáveis seriam interessantes, assim como contenção de despejos líquidos industriais e domiciliares que vão para o esgoto ou são levados a céu aberto. Enfim, a reciclagem permanece como elemento-chave contra o consumismo e mesmo o desperdício e deve ser trabalhada em conjunto com educação e conscientização da sociedade.

Além de discutir sobre a própria definição do termo ‘consumo’, Mello e Hogan afirmam que:

Apesar de algumas evidências e estudos apontarem a real possibilidade da ocorrência de uma catástrofe ambiental de proporções bíblicas e extensão global causada pelo hiperconsumo e pela gigantesca pressão antrópica sobre as bases de recursos naturais e os sistemas de manutenção da vida no planeta, ainda sabemos pouco sobre o consumo em si.

Como se nota, é preciso aprofundar o entendimento sobre o fenômeno do consumo e identificar e compreender as múltiplas interfaces dele com a dinâmica demográfica e ambiental em suas diferentes escalas. Pois, embora a explosão demográfica malthusiana não ter ocorrido – pelo menos não da forma e na intensidade esperadas – a explosão do consumo é, indiscutivelmente, uma realidade.

Nas próximas décadas o foco estará sobretudo na expansão dos mercados consumidores dos países em desenvolvimento – especialmente os grandes, como China, Índia, Brasil, Paquistão e Indonésia. (MELLO; HOGAN)

O Brasil não tem condições plenas de exercer a diplomacia do ‘talão de cheque’, portanto a diplomacia cooperativa é a base da sua política, essencialmente no setor agrícola, de biocombustíveis e de medicamentos. O desenvolvimento a qualquer custo é constantemente rebatido nos fóruns internacionais, o que leva o Brasil a atuar no cenário como interlocutor do desenvolvimento sustentável.

A posição do Governo brasileiro em relação ao Protocolo de Kyoto também tem suas justificativas, sejam elas:

  • a) a leitura histórica do problema (as emissões históricas dos países hoje desenvolvidos, como EUA);
  • b) a baixa emissão per capita (em relação aos consumidores estadunidenses, p.ex., que emitem muito mais pelo alto consumo individual de cada cidadão);
  • c) a matriz energética limpa (45% vem de fontes renováveis, ao contrário de China e Índia cujas matrizes energéticas são extremamente poluentes: carvão mineral e derivados do petróleo); e
  • d) a contribuição dos biocombustíveis.

Para concluir, trago outro texto que não me foge à memória e cujo autor é filho do também escritor Mário Prata. Na crônica intitulada “Privada I: o homem e sua obra”, afirma Antonio Prata:

 Após dar a descarga, nosso cocô é mandado para esgotos submersos, que desembocam em rios que vão dar lá longe no oceano. Sanamos o problema por enquanto, mas é só uma questão de tempo.

 Todo esse cocô está se unindo, formando o maior movimento underground do mundo. Nossas cidades, nossos países estão boiando sobre rios de merda. Fala-se muito no fim do petróleo e no fim da água, mas não será assim que nós morreremos. Numa incerta manhã um cidadão dará a descarga e, como na piada, ouvirá o estrondo: o subsolo, entupido, explodirá. A verdade, reprimida por séculos e séculos, emergirá. Só nesse dia todos perceberão o tamanho da cagada em que nos metemos desde o dia em que resolvemos sair da floresta. E não haverá sachê nem bom ar que dê jeito. Como se sabe, só as baratas sobreviverão. (PRATA)

 A análise dos argumentos apresentados, apesar do enfoque lúdico do artigo, demonstra o quanto o tema está em voga e recorrente em diversos formatos de mídias. Não há dúvidas de que o lixo não desaparece, o planejamento é crucial. Como salientou o ex-vice-presidente Al-Gore, há sobretudo hoje a necessidade de  que os Governos arquitetem políticas públicas efetivas para a proposição de soluções.

Aos Estados que tanto se ufanam de suas democracias cabe indiscutivelmente liderar a iniciativa, alguns com papel mais incisivo dada sua condição social e econômica mais avançada, e outros desempenhando o papel conforme possível dentro de suas estruturas. O que defendo não é algo novo, senão o ‘princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas’, defendido pelo Governo brasileiro.

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[1] No meu ponto de vista, o curso de Relações Internacionais está sujeito às mesmas regras que outros cursos/disciplinas: a multidisciplinaridade é recorrente, pois nenhum assunto é tão distante ou estanque que não possa interessar, participar, influenciar e explicar essas relações.

[2] Em seu documentário, Al-Gore afirma que o não-consenso é mínimo. Uma parcela mínima que parece chamar a atenção mais do que deveria, uma oposição equivocada e contrária aos dados hoje adquiridos.

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Privada I: o homem e sua obra

setembro 22, 2008

Antonio Prata


“Este ódio de tudo o que é humano, de tudo
o que é ‘animal’ e mais ainda de tudo que é
‘matéria’, este horror dos sentidos (…) tudo isso
significa (…) vontade de aniquilamento,
hostilidade à vida, recusa em se admitir
as condições fundamentais da própria vida”.
Nietzsche

O Homem é o novo rico da natureza. Assim que nos demos conta de que éramos os únicos na vizinhança que falávamos, fazíamos as quatro operações e conseguíamos encostar o dedão no mindinho, ficamos profundamente, irremediavelmente bestas. Cobrimos a pele com panos, penteamos o cabelo pra trás, passamos uma salivinha na sobrancelha, dissemos: adeus, bicho! e saímos da selva.

Nem mal deixamos o bosque, passamos a esnobá-lo e a condenar as atitudes de todos os seus habitantes. Nós éramos superiores! Nós dominávamos a natureza! Nós usávamos ferramentas, meias e fio dental!

Novo rico que se preze, no entanto, dá bandeira. Há sempre um douradinho além da conta, um sotaque suburbano escapando num momento de exaltação, um conversível rosa com a placa mom ou dad. Com a humanidade também é assim. Por mais que consigamos trocar nossos odores naturais por mentol, eucalipto ou tutti-frutti, gastemos um bilhão de dólares em pesquisa para criar lâminas capazes de raspar perfeitamente nossos pêlos e cubramos toda a crosta da terra com asfalto e carpete sintético, um ato sempre nos denunciará o passado selvagem, a natureza animal: a cagada. Ali não tem desculpa, não tem disfarce.

A merda é nossa ligação perene com a floresta, com o barro de onde viemos. Aí não tem talher nem tailleur nenhum que nos diferencie da arara ou do tamanduá. Nus como as trutas, acocorados como os cães, expelimos a verdade universal, fisiológica, cilíndrica e obscura que por tanto tempo tentamos ocultar. Somos animais!

Temendo uma reflexão mais elaborada sobre o assunto, e sabendo das conseqüências que tamanha verdade traria uma vez revelada, desde cedo cuidamos de camuflar o assunto. Fizemos com a bosta o que fazemos com as putas, as drogas e tudo aquilo que é necessário existir, mas não é preciso divulgar; marginalizamo-la. Condenamos as fezes ao ostracismo.

No início, enquanto vagávamos nômades, a coisa era bem fácil. O sujeito simplesmente se afastava um pouco da horda, fazia o que tinha de fazer e ia embora, deixando as sujeiras para trás. Estávamos literalmente cagando e andando.

Quando os primeiros povos dominaram as técnicas de irrigação e, portanto, a agricultura, passaram a viver fixos num determinado local, e defecar ficou um pouquinho mais complicado. O sujeito tinha que sair da aldeia, andar um pouco, achar uma moita, cavar um buraco, fazer e enterrar. Durante muito tempo a coisa rolou assim, trabalhosa, mas sem maiores problemas.

Foi o crescimento da população e das aldeias que começou a complicar o processo. A moitinha ia ficando cada vez mais longe de casa, corria-se sempre o risco de se encontrar um conhecido por lá e, pior de tudo, cavar um buraco de segunda mão.

Dizem que foi um bretão chamado Walter Collins que teve a brilhante idéia: cavar um buraco bem fundo no quintal de casa e cercá-lo por paredes. Em pouco tempo a invenção de Walter, assim como suas iniciais, já podiam ser vistas em grande parte do mundo. Parecia que o problema havia sido solucionado. Mas veio a revolução industrial, o grande êxodo para as cidades e os quintais, como se sabe, foram pra cucuia.

Talvez tenha sido esse o momento mais difícil da humanidade frente aos seus excrementos, o clímax entre o Homem e sua sombra animal. Tivemos que trazer a bosta para dentro de nosso próprio lar. Para que isso fosse possível, bastava que jamais assumíssemos o verdadeiro fim do aposento que covardemente, eufemisticamente, chamamos de banheiro. Sim, meus caros, para não dar nas vistas, inventamos o chuveiro, a banheira, a higiene bucal, o secador de cabelo, o rímel, o blush e o batom, a acne e os tratamentos antiacne e todas as outras coisas para se fazer ali. Além disso, criou-se um arsenal para se disfarçar o cocô: sprays com odor de rosas, sachês que deixam a água da privada azul, verde ou rosa, exaustores, bidês e papeis higiênicos perfumados.

Ali, naquele ambiente cientificamente controlado, podemos aliviar as nossas necessidades com o máximo distanciamento possível. Após dar a descarga, nosso cocô é mandado para esgotos submersos, que desembocam em rios que vão dar lá longe no oceano. Sanamos o problema por enquanto, mas é só uma questão de tempo.

Todo esse cocô está se unindo, formando o maior movimento underground do mundo. Nossas cidades, nossos países estão boiando sobre rios de merda. Fala-se muito no fim do petróleo e no fim da água, mas não será assim que nós morreremos. Numa incerta manhã um cidadão dará a descarga e, como na piada, ouvirá o estrondo: o subsolo, entupido, explodirá. A verdade, reprimida por séculos e séculos, emergirá. Só nesse dia todos perceberão o tamanho da cagada em que nos metemos desde o dia em que resolvemos sair da floresta. E não haverá sachê nem bom ar que dê jeito. Como se sabe, só as baratas sobreviverão.


Antonio Prata
(24/08/1977) tem os seguintes livros editados: “Cabras, Caderno de Viagem”, com Paulo Werneck, Chico Matoso e Zé Vicente da Veiga, “Douglas e outras histórias”, e o recém lançado “As pernas da tia Corália”. Fernando Morais, escritor reconhecido no Brasil e no exterior, assim se manifestou sobre ele: “… Seria um livro de contos? De ensaios? De reflexões sobre o mundo? Não sei dizer. O que eu sei é que é um dos mais espirituosos e divertidos livros que li nos últimos tempos. Não me pejo, assim, de (mais uma vez?) valer-me da fantasia de Ruy Castro: aconselho-os a acompanhar a carreira do jovem escritor Antonio Prata. Ele tem espantoso futuro. Continuem lendo e observando-o”. E termina:”Pela qualidade do texto, fica dispensado o teste do DNA: Antônio é mesmo filho de Marta Góes e de Mário Prata”.

Da página 25 do livro “Douglas e outras histórias“, Azougue Editora – Rio de Janeiro, 2001, extraí o texto acima.

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