Posts Tagged ‘URSS’

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Sobre as Conferências de Potsdam, Ialta e São Francisco

novembro 25, 2008

Nas Conferências de Cúpula de Yalta e Potsdam, os vencedores da guerra remontaram o mapa geopolítico europeu. As conferências refletiram o antagonismo entre EUA e a URSS no momento imediatamente anterior à deflagração da Guerra Fria.
the Allies shaking hands
A Conferência de Yalta reuniu os Três Grandes (EUA, URSS e Grã-Bretanha), representados por Franklin Roosevelt, Josef Stalin e Winston Churchill. As principais decisões de Yalta referiram-se às fronteiras soviéticas e ao destino dos países do Leste Europeu, entre eles os países do Eixo (Itália, Japão e Alemanha) que perderam a guerra. Na Conferência, a União Soviética conseguiu recuperar praticamente todos os territórios perdidos durante a IWW, pela anexação dos Estados Bálticos (Letônia, Lituânia e Estônia) e da Polônia (Bielorrússia). Yalta foi a conferência da conciliação dos vencedores, e sua declaração final, expressão do festejado “espírito de Yalta” (entendimento), aparentemente abria uma longa era de paz e estabilidade na Europa.

A Conferência de Potsdam realizou-se numa correlação de forças diferente da de Yalta. Pouco antes da abertura da Cúpula, os americanos testaram a bomba atômica no Deserto do Novo México e usariam-na em 6 de agosto de 1945 (Hiroshima) e em 9 de agosto (Nagasaki). A posse dessa arma colocava os americanos em melhores condições de negociação. O tema principal da discussão era o futuro do território alemão. Em um clima hostil e competitivo decidiram pela divisão da Alemanha em zonas de ocupação (EUA, França, Grã-Bretanha e URSS) e foi adiada a discussão sobre a unificação alemã, proclamada como meta pelos participantes.

A Conferência de São Francisco foi realizada com objetivo de substituir a velha Liga das Nações por uma nova organização internacional. É criada a ONU com o objetivo de preservar a paz e a segurança coletiva e promover a cooperação internacional para a resolução de problemas econômicos, sociais, culturais e humanitários.

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Notas sobre a Guerra Fria

setembro 23, 2008

by Douglas Armendone

A Guerra Fria foi manifestação nítida da bipolarização do poder planetário entre os EUA (capitalismo) e a URSS (socialismo) que eram capazes de desencadear a destruição de todo o mundo com suas armas nucleares. O temor da confrontação bélica direta, que na era nuclear parece constituir caminho seguro para o mútuo suicídio, bloqueia o uso da força para a solução dos conflitos.

Shadows of People and Umbrella

A Guerra Fria é o reinado de uma nova forma de equilíbrio, definida com precisão pelo conceito de equilíbrio de terror. O equilíbrio de terror atravessou fases distintas, cada uma caracterizada por um determinado balanço na escala planetária. Entretanto, quando a URSS disponibilizou de vetores intercontinentais, fato esse marcado pela Crise dos Mísseis em Cuba (1962). A doutrina de Destruição Mútua Assegurada (MAD – Mutual Assured Destruction) trabalhou em um cenário onde um primeiro ataque (first strike) de um dos antagonistas dirigido contra os dispositivos do outro deveria ser capaz de destruir ou desorganizar esse

dispositivo a ponto de impedir uma resposta devastadora (second strike). A iniciativa de ataque não decide a guerra, mas apenas inaugura o holocausto. O equilíbrio de terror é perfeito.

Durante a política de coexistência pacífica, dois importantes acordos sobre armamentos nucleares foram assinados entre USA e URSS. O SALT-1 (Tratado de Limitação de Armas Estratégicas) (1972) proibia a construção de sistemas defensivos formados por mísseis ou antimísseis e o SALT-2 previa tetos máximos para a instalação de armas estratégicas ofensivas.

O equilíbrio de terror permanecerá, mas, à medida que se tornar menos ostensivo, maior será o efeito psicológico junto à opinião pública, favorecendo a melhora da relação entre os antagonistas.

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