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Entenda a Nova Nova Ordem Mundial

junho 26, 2010

Por Douglas Armendone

Com o fim da Guerra Fria, Ronald Reagan discursava sobre a “Nova Ordem Mundial”. Naquela ocasião, a União Soviética perdia o jogo e os Estados Unidos, supunha-se, arquitetaria um império global.

No presente, temos um novo processo marcado pela redistribuição do poder político, econômico e militar. A isso damos o nome de “Nova Nova Ordem Mundial”.

Uma das características da recente ordem mundial é o papel das emergentes China e Índia. Outro ponto é o novo modelo de relação alimentada entre América Latina (particularmente, do Sul) e os Estados Unidos.

Em nenhum outro período da História prezou-se tanto pela integração sul-americana. Hoje, o rumo da política externa desses países está indiscutivelmente atrelado ao MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) e à UNASUL (União Sul-Americana de Nações). Não posso deixar de fazer referência à rejeição da ALCA (Acordo de Livre Comércio das Américas), proposto pelos estadunidenses.New Order. Get Ready

Uma das proposições que julgo bastante relevante na análise do tema é que a ‘queda’ (fragilização) do império norte-americano está reacendendo o confronto entre as nações. Sobre esse assunto vale consultar a Teoria da Estabilidade Hegemônica e confrontá-la com a Teoria dos Regimes.

Daí, podemos partir para outro enfoque: o ressurgimento do nacionalismo por todo o globo, ao mesmo tempo em que os EUA perdem sua capacidade de intervenção unilateral.

Temas que ganharam notoriedade de atenção dos líderes na Nova Nova Ordem Mundial são: combate às mudanças climáticas, questões energéticas e a luta contra o terrorismo.

Outrossim, é possível perceber uma fragmentação dos ideais da globalização que crescentemente se torna apenas uma utopia. Isso, em detrimento da social-democracia e, como acima referenciado, ressurgimento do nacionalismo (além de outros ‘ismos’ acompanhados de xenofobia et cetera).

Para grande parcela dessas questões, trouxeram inúmeras propostas os candidatos à presidência dos Estados Unidos, John McCain e Barack Obama. Quais as razões para o segundo ter sido o escolhido?

É certo, ambos atacam as principais questões em pauta. Cada discurso, porém e sobretudo por isso, diferencia-se do outro em função da entonação.

Assim, minha primeira proposição é que, como argumentava Michel Foucault e considerável número de teóricos pós-modernistas, o discurso determina as relações internacionais. Obama, por sua vez, falou de multilateralismo para tratar dos problemas, falou em diálogo com o Irã e cooperação com China e Índia. Não esqueceu que precisa ‘criar’ soluções para o prolongado dilema de israelenses e palestinos. Enfim, Obama falou com as palavras que o mundo queria ouvir.

Por sua vez, McCain também trouxe para a mesa os temas que eram mais focados, assim como os demais pré-candidatos. Sua política externa, sem embargo, seria mais dura: afirmou querer aproximar-se da Índia e do Brasil. A mesma política não se estenderia à Rússia. Isso não, seria pedir demais; além do que ele estaria disposto a oferecer.

[Segundo um publicitário americano em visita ao Brasil, Obama venceu principalmente pela retórica e estratégias de discurso. “Change” (mudança), dizia o candidato. E, em seguida, proferia o coro “yes, we can” (sim, nós podemos) convencendo os eleitores. Por seu turno, McCain tinha propostas detalhadas e tentava explicá-las em seus discursos. Ora, não era tarefa simples. E nem todos os eleitores entendiam. Logo, quando não se entende é porque não é tão bom, não há identificação, opinou o publicitário].

Ambos sabem que a China, entre os países emergentes, é o “primus inter pares”, ou seja, o primeiro entre os semelhantes. Diante do fato, afirmaram que os Estados Unidos não poderiam isolar-se do mundo e nem o mundo poderia resolver suas questões pendentes sem o apoio dos EUA (palavras de Obama). Além disso, a China seria convidada a arcar com suas responsabilidades de modo equivalente a sua presença no sistema internacional (palavras de McCain e Obama).

Os dois discursos estavam evidentemente conectados com as questões presentes no contexto atual, a Nova Nova Ordem Mundial. Em seu artigo, Drezner conclui que para obter sucesso face a tudo isso, inclusive as “novas novas ameaças”, tal como o terrorismo, ou mesmo doenças como AIDS, malária e gripe aviária e suína, faz-se preciso ‘diplomacy, will and skill’, qualidades que os cidadãos norte-americanos creditaram a Obama.

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Venezuela, la bienvenida brasileña al Mercosur

outubro 29, 2009

Bem-vinda venezuela!

Lula e Chavez

A Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro aprovou nesta quinta-feira o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul.

Argentina e Uruguai já ratificaram o ingresso do país no bloco. O Paraguai esperava a decisão do Brasil para votar o protocolo.

Entenda o que muda no Mercosul com esta entrada, segundo a BBC Brasil.

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Novas verbas para a UNILA, a universidade do Mercosul

julho 31, 2009

A futura Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), que terá sede em Foz do Iguaçu (PR), receberá 22 milhões de dólares para aplicar na construção e aparelhamento da Biblioteca Latino-Americana, denominada Latinitas, e do Instituto Mercosul de Estudos Avançados (Imea). A biblioteca e o Imea são partes da nova instituição de ensino superior.

Os recursos para a construção do prédio e aquisição de livros foram aprovados na 37ª reunião do Conselho do Mercado Comum, em Assunção, no Paraguai, no dia 24 deste mês. Dos 22 milhões de dólares, 17 milhões são recursos do Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul (Focem) e 5 milhões de dólares do governo brasileiro, a título de contrapartida do investimento.

De acordo com o presidente da comissão de implantação da Unila, Hélgio Trindade, este é o primeiro projeto brasileiro que recebe recursos do Focem. O fundo foi criado em dezembro de 2004 pelos países fundadores do Mercosul – Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai – e é mantido por eles. Os depósitos anuais no fundo somam 100 milhões de dólares.

O prédio que abrigará o Imea e a biblioteca Latinitas foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Terá 13 mil metros quadrados de área construída em três pavimentos. Hélgio Trindade explica que a Latinitas e o Imea serão as unidades internacionais da Universidade Federal da Integração Latino-Americana conectadas com as universidades dos países do Mercosul e da América Latina. “Serão locus do conhecimento”, diz.

Ciclo acadêmico – Enquanto o Projeto de Lei 2878-B/2008, que cria a Unila, é analisado pelos parlamentares no Congresso Nacional, a universidade iniciará as atividades em 19 de agosto com a primeira reunião do conselho consultivo do Imea. O conselho consultivo é formado por especialistas de 16 países que representam as três Américas. O México representa a América do Norte, e os demais especialistas são das Américas Central e do Sul. Na mesma data, a Unila abrirá uma série de programas acadêmicos que envolvem dez cátedras.

Fonte: brasil.gov.br

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