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Discurso do Orador

abril 1, 2010

LaSalle-RJ

Colação de Grau das Turmas de Relações Internacionais

Discurso do Orador – Douglas Armendone

16 de março de 2010 – 20h

Senhoras e senhores,

Estimados Professores,

Amigos Internacionalistas,

Uma vez mais, agradeço a presença nesta noite para a cerimônia que simboliza o encerramento de uma importante etapa na vida acadêmica dos universitários que aqui se encontram.

Inicialmente, vale lembrar aos presentes que por meio de um amplo conjunto de disciplinas, específicas às relações internacionais, mas que incluem História, Sociologia, Política, Economia, Meio Ambiente, Direito e Línguas estrangeiras, o curso de Relações Internacionais da LASALLE-RJ nos capacitou para atuar em diversos campos.

Entre eles, a carreira diplomática, no Itamaraty, ou em atividades de comércio exterior, ou em ONGs, ou em organizações multilaterais como as Nações Unidas.

Também, em secretarias de relações internacionais de Governos de Estados e municípios, ou ainda, na área acadêmica, seja em universidades ou centros de pesquisa.

A moderna estrutura física da LASALLE-RJ, somada à diligência de todos os integrantes da Direção e da Coordenação, e aliada à gentileza e simpatia dos funcionários, foram elementos essenciais para que o potencial de cada um dos alunos pudesse se desenvolver.

Também, gostaria de expressar gratidão aos professores da graduação por terem contribuído enormemente para nossa formação acadêmica e sobretudo pelo enriquecimento como pessoa. São os senhores os responsáveis por dar uma considerável expansão ao nosso pensamento e embalar uma nova vida em nossos peitos. Tê-los como Mestres foi para nós um grande privilégio.

Em especial, ao Coordenador Professor Wellington Amorim, a quem gostaria de cumprimentar pela qualidade dos ensinamentos em sala de aula e admirável postura como estudioso e humanista.

Ao ilustre Professor Guilherme Dias. Mestre, designado Paraninfo pelos formandos como forma de enaltecer e agradecer sua gentil contribuição e entusiasmo diário na sala de aula.

Aos meus amigos internacionalistas… gostaria de invocar à lembrança o primeiro dia de aula, 15 de março de 2006, 8 horas da manhã.

A cumplicidade ali estabelecida sofreu muitas mudanças, mas o saldo de tudo que vivemos é positivo, esteja ele ilustrado pelo orgulho e companheirismo que sentimos mutuamente nesta noite.

Meus caros, que este diploma recebido hoje seja um dos elementos para alcançar a felicidade que cada um merece.

Ao longo de 4 anos, muito aprendemos. Entretanto, estejamos despertos. Atrás destas janelas, o mundo real espera por nós. A sociedade conta com a instrução que recebemos para atenuar e resolver muitos dos problemas que enfrenta. Não sejamos covardes. Hoje, celebramos apenas a vitória de uma batalha travada contra nós mesmos. Agora, nos tornamos ainda mais responsáveis pelo que acontece a nossa volta.

Sabemos bem que nas RI, como denominamos as relações internacionais, se trata de paz, anarquia e guerra. Ora, “De nada vale aprender bem, se você deixar de fazer bem”. Escolham os seus lados nos conflitos e estejam prontos para defender suas causas.

Intelectuais ou militantes, acredito que a formação lasallista que recebemos, nos colocará numa posição em que coerência e virtude sejam guias para a tomada de decisões.

Conforme esteja ao alcance de cada um, não meçam esforços para minimizar as deficiências alheias. Estejamos atentos e sensíveis às necessidades humanas básicas: alimentação, água e moradia. Depois, segurança e proteção, pertencimento e amor. E, por fim, para alcançarmos o êxito de que somos igualmente capazes, trabalhemos em prol da auto-estima e da auto-realização destas pessoas.

Contudo, sejam ousados. Permaneçam otimistas. E, sobretudo, sejam o orgulho do Brasil.

Com a crença numa possível convivência pacífica entre homens de todas as raças e nações, que será arquitetada pelas futuras lideranças aqui presentes, gostaria de calar minhas palavras.

Últimos avisos: Bebam água. Sejam organizados. Leiam mais. Saibam ganhar e perder. Conversem sobre seus sonhos. Respeitem os dos outros. Saibam que as aparências enganam. Sejam pontuais. Sejam tolerantes. Usem filtro solar. Andem descalço. Prefiram queijo-de-minas.

Aproveitem a noite.

Saudações internacionalistas.

Obrigado. Obrigado.

xxx

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Guimarães Rosa: diplomata

setembro 30, 2008

“… um diplomata é um sonhador e por isso pude exercer bem essa profissão (…) … eu jamais poderia ser político com toda essa constante charlatanice da realidade. O curioso no caso é que os políticos estão sempre falando de lógica, razão, realidade e outras coisas no gênero e ao mesmo tempo vão praticando os atos mais irracionais que se possam imaginar. Talvez eu seja um político mas desses que só jogam xadrez, quando podem fazê-lo a favor do homem. Ao contrário dos ‘legítimos’ políticos, acredito no homem e lhe desejo um futuro. Sou escritor e penso em eternidades. O político pensa apenas em minutos. Eu penso na ressurreição do homem”.

“… considero o idioma como uma metáfora da sinceridade”.
(Coutinho, 1983: 77/78).

In: ARAÚJO, Heloísa Vilhena de.
Guimarães Rosa: diplomata/Heloísa Vilhena de Araújo.- Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2007. D
isponível no site da Fundação Alexandre de Gusmão. (Site: www.funag.gov.br).
Para Resumo biográfico e bibliográfico de Guimarães Rosa, acesse: Releituras.