Posts Tagged ‘armendone’

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Des végétariens avec des tendances carnivores

setembro 7, 2011

Les flexitariens ne mangent pas de viande la plupart du temps, mais s’autorisent des écarts sans mauvaise conscience. Cette nouvelle tendance consiste à ne jamais manger de produits carnés chez soi, mais à ne pas refuser une invitation à un barbecue ou à manger un sandwich au jambon. Cette façon de se nourrir, plus répandue qu’on ne le croit, aurait une influence non négligeable sur l’industrie de la viande, dont les ventes stagnent depuis cinq ans.

Source: 20minutes (p.25, mercredi 7 septembre 2011)

* En 2003, l’American Dialect Society a choisi le mot flexitarian comme le néologisme le plus utile de l’année, le définissant comme «un végétarien qui mange occasionnellement de la viande».

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Vignette vélo à Genève 2012

agosto 24, 2011

True evolution!...

La vignette vélo appartient au passé – et maintenant?

La vignette vélo 2011 est encore valable jusqu’au 31 mai 2012.Par la suite, cette tradition helvétique disparaîtra pour de bon. Selon le Parlement, la vignette vélo n’est plus nécessaire: la plupart des cyclistes disposent d’une assurance responsabilité civile privée.

Pas de lacunes

Dorénavant, les assurances responsabilité civile privée devront couvrir les dommages causés par les cyclistes. La protection entre automatiquement en vigueur le 1er janvier 2012, il n’y a pas besoin de s’annoncer.

Source: ATE Association transports et environnement

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Jogo rápido: falta compromisso, eleição vem aí

junho 29, 2010

por Douglas Armendone

São muitas as prioridades, mas o essencial é o comprometimento com o trabalho. Todos querem estar envolvidos, porém poucos estão compromissados com a tarefa árdua de manutenção da ordem e o progresso das cidades e seus cidadãos.

Em primeiro lugar, é preciso satisfazer as necessidades fundamentais do povo, demandas comuns a todos os seres humanos, tais como: alimentação, moradia e saneamento básico. Não podemos esquecer que educação também é essencial. É somente por intermédio dela que se constrói o futuro como gostaríamos que fosse o presente.

Uma vez supridas essas prioridades máximas e não postergáveis, os líderes políticos, como um todo, devem melhorar os transportes de massa, aumentar a oferta de emprego e a renda e, claro, desenvolver soluções para o sistema de saúde que, atualmente, encontra-se precário e, por vezes, ineficaz.

De modo geral, quando o povo for presenteado com o que lhe é devido e merecido, poder-se-á viver tranquilo. Já não haverá meninos e meninas de rua, não haverá vítimas da exploração sexual e da prostituição, não haverá quem passe fome e, por conseguinte, diminuirá o alto índice de violência e em proporção inversa aumentará o da felicidade.

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por Douglas Armendone

São muitas as prioridades, mas o essencial é o comprometimento com o trabalho. Todos querem estar envolvidos, porém poucos estão compromissados com a tarefa árdua de manutenção da ordem e o progresso das cidades e seus cidadãos.

Em primeiro lugar, é preciso satisfazer as necessidades fundamentais do povo, demandas comuns a todos os seres humanos, tais como: alimentação, moradia e saneamento básico. Não podemos esquecer que educação também é essencial. É somente por intermédio dela que se constrói o futuro como gostaríamos que fosse o presente.

Uma vez supridas essas prioridades máximas e não postergáveis, os líderes políticos, como um todo, devem melhorar os transportes de massa, aumentar a oferta de emprego e a renda e, claro, desenvolver soluções para o sistema de saúde que, atualmente, encontra-se precário e, por vezes, ineficaz.

De modo geral, quando o povo for presenteado com o que lhe é devido e merecido, poder-se-á viver tranquilo. Já não haverá meninos e meninas de rua, não haverá vítimas da exploração sexual e da prostituição, não haverá quem passe fome e, por conseguinte, diminuirá o alto índice de violência e em proporção inversa aumentará o da felicidade.

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Entenda a Nova Nova Ordem Mundial

junho 26, 2010

Por Douglas Armendone

Com o fim da Guerra Fria, Ronald Reagan discursava sobre a “Nova Ordem Mundial”. Naquela ocasião, a União Soviética perdia o jogo e os Estados Unidos, supunha-se, arquitetaria um império global.

No presente, temos um novo processo marcado pela redistribuição do poder político, econômico e militar. A isso damos o nome de “Nova Nova Ordem Mundial”.

Uma das características da recente ordem mundial é o papel das emergentes China e Índia. Outro ponto é o novo modelo de relação alimentada entre América Latina (particularmente, do Sul) e os Estados Unidos.

Em nenhum outro período da História prezou-se tanto pela integração sul-americana. Hoje, o rumo da política externa desses países está indiscutivelmente atrelado ao MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) e à UNASUL (União Sul-Americana de Nações). Não posso deixar de fazer referência à rejeição da ALCA (Acordo de Livre Comércio das Américas), proposto pelos estadunidenses.New Order. Get Ready

Uma das proposições que julgo bastante relevante na análise do tema é que a ‘queda’ (fragilização) do império norte-americano está reacendendo o confronto entre as nações. Sobre esse assunto vale consultar a Teoria da Estabilidade Hegemônica e confrontá-la com a Teoria dos Regimes.

Daí, podemos partir para outro enfoque: o ressurgimento do nacionalismo por todo o globo, ao mesmo tempo em que os EUA perdem sua capacidade de intervenção unilateral.

Temas que ganharam notoriedade de atenção dos líderes na Nova Nova Ordem Mundial são: combate às mudanças climáticas, questões energéticas e a luta contra o terrorismo.

Outrossim, é possível perceber uma fragmentação dos ideais da globalização que crescentemente se torna apenas uma utopia. Isso, em detrimento da social-democracia e, como acima referenciado, ressurgimento do nacionalismo (além de outros ‘ismos’ acompanhados de xenofobia et cetera).

Para grande parcela dessas questões, trouxeram inúmeras propostas os candidatos à presidência dos Estados Unidos, John McCain e Barack Obama. Quais as razões para o segundo ter sido o escolhido?

É certo, ambos atacam as principais questões em pauta. Cada discurso, porém e sobretudo por isso, diferencia-se do outro em função da entonação.

Assim, minha primeira proposição é que, como argumentava Michel Foucault e considerável número de teóricos pós-modernistas, o discurso determina as relações internacionais. Obama, por sua vez, falou de multilateralismo para tratar dos problemas, falou em diálogo com o Irã e cooperação com China e Índia. Não esqueceu que precisa ‘criar’ soluções para o prolongado dilema de israelenses e palestinos. Enfim, Obama falou com as palavras que o mundo queria ouvir.

Por sua vez, McCain também trouxe para a mesa os temas que eram mais focados, assim como os demais pré-candidatos. Sua política externa, sem embargo, seria mais dura: afirmou querer aproximar-se da Índia e do Brasil. A mesma política não se estenderia à Rússia. Isso não, seria pedir demais; além do que ele estaria disposto a oferecer.

[Segundo um publicitário americano em visita ao Brasil, Obama venceu principalmente pela retórica e estratégias de discurso. “Change” (mudança), dizia o candidato. E, em seguida, proferia o coro “yes, we can” (sim, nós podemos) convencendo os eleitores. Por seu turno, McCain tinha propostas detalhadas e tentava explicá-las em seus discursos. Ora, não era tarefa simples. E nem todos os eleitores entendiam. Logo, quando não se entende é porque não é tão bom, não há identificação, opinou o publicitário].

Ambos sabem que a China, entre os países emergentes, é o “primus inter pares”, ou seja, o primeiro entre os semelhantes. Diante do fato, afirmaram que os Estados Unidos não poderiam isolar-se do mundo e nem o mundo poderia resolver suas questões pendentes sem o apoio dos EUA (palavras de Obama). Além disso, a China seria convidada a arcar com suas responsabilidades de modo equivalente a sua presença no sistema internacional (palavras de McCain e Obama).

Os dois discursos estavam evidentemente conectados com as questões presentes no contexto atual, a Nova Nova Ordem Mundial. Em seu artigo, Drezner conclui que para obter sucesso face a tudo isso, inclusive as “novas novas ameaças”, tal como o terrorismo, ou mesmo doenças como AIDS, malária e gripe aviária e suína, faz-se preciso ‘diplomacy, will and skill’, qualidades que os cidadãos norte-americanos creditaram a Obama.

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A partilha do Marrocos, uma terra incógnita

junho 14, 2010

por Douglas Armendone

Na corrida europeia por possessões coloniais no continente africano, o Marrocos era de importância política, estratégica e econômica. Última parte da África a ser dividida, o país esteve sob um longo processo de influências europeias antes de, efetivamente, tornar-se um protetorado.

Um dos aspectos relevantes na análise sobre a ocupação do território marroquino é a rivalidade entre França e Alemanha. No período em questão, a divergência padrão costumava ser entre britânicos e franceses.  No Marrocos, houve uma inversão de velhos antagonismos.

O Marrocos foi o primeiro capítulo na história dos fatos que culminaram na Primeira Guerra Mundial. É uma parte da história europeia, não da colonial. Dois fatores principais da partilha tardia do Marrocos foram a situação interna do país e o estado das relações internacionais.

O país é naturalmente isolado, uma ilha por assim dizer. No entanto, o Marrocos é a parte da África mais próxima da Europa. A distância entre os dois continentes é inferior a 15 quilômetros no ponto mais apertado do estreito de Gibraltar. Apesar da proximidade, mesmo no século XIX, o país ainda era desconhecido e inacessível. Os relatórios dos poucos viajantes europeus que por ele se aventuravam sublinhavam características como caos, ilegalidade e anarquia para caracterizá-lo.

O Marrocos isolava-se do mundo externo como podia. Tratava-se de uma terra incógnita. Algo que impressionava os visitantes europeus era a má administração do país. O governo era uma máquina de arrecadar dinheiro, a opinião geral dos visitantes estava baseada sobre quão típicos costumavam ser os abusos, a desordem, sublevações, guerras civis e anarquia. Muitos escritores o comparavam com países atrasados como China, Afeganistão e a Pérsia.

Outro ponto importante que poderia confirmar a tentativa deliberada dos governantes marroquinos de se afastar do ocidente era o fato de país não possuir estradas que pudessem ser consideradas como tais. Viajar pelo Marrocos era tarefa cansativa e perigosa, o país pretendia manter-se alheio ao Ocidente e deste modo das forças do progresso e da renovação.

Segundo o autor, parece ter sido exatamente essa política que ajudou a preservar a independência marroquina durante o maior tempo possível. Na Tunísia e no Egito foi adotada apaixonadamente a causa do progresso e do desenvolvimento. O que se seguiu foi a mesma história de dívidas, empréstimos, novas dívidas, novos empréstimos, tutela financeira e finalmente a perda da independência. Os governantes do Marrocos rejeitaram essa opção plena de perigos financeiros. A força do Marrocos estava no seu atraso.

Em 1830, a França estabeleceu seu governo na Argélia e tornou-se vizinha imediata do Marrocos. As fronteiras pouco definidas entre os dois lados permitiram que os franceses tirassem proveito das oportunidades de penetrar em território marroquino. A partir de então, o Marrocos começou a envolver-se nas lutas colonialistas contra as potências europeias.

A economia agrária, natural e fechada, não era o que atraía os europeus. Com o crescimento do comércio mundial, os produtos da pauta de exportação marroquina podiam ser encontrados em diversas outras partes do mundo, tal como Austrália, Índia e América. Em termos comerciais o Marrocos era insignificante. Todavia, sua estratégica localização geográfica era, e é, de enorme importância. Espanha e Grã-Bretanha, os outros dois países que controlavam essa entrada, não estavam alheios ao fato. No mesmo ritmo e motivados por interesses semelhantes, França e Itália desejavam participar do que era decidido na região.

A chamada “penetração pacífica” no Marrocos aconteceu entre os anos de 1856 até 1863, o prelúdio a um período de crescente incursão europeia. A influência europeia expandia-se à medida que a independência marroquina diminuía.

Não foram poucos os marroquinos sobre ‘proteção’ europeia. Vários milhares de marroquinos ao todo fugiam da jurisdição (e dos impostos) do sultão. Naturalmente, o setor mais afluente foi que mais tirou vantagens dessa brecha legal.

A Conferência de Madri, de maio a julho de 1880, significou o fim da independência marroquina. O sultão, motivado por extinguir ou reduzir o sistema de proteção europeu, acabou por alcançar resultado oposto, ou seja, o reconhecimento oficial do sistema de proteção.

Em 1859, uma disputa com a Espanha pelas fronteiras do enclave de Ceuta provocou uma guerra que durou até 1860.  As forças marroquinas saíram derrotadas. O sultanato teve que pagar uma pesada indenização, pagada com empréstimos externos, além de ceder à Espanha o encrave de Ifni.

O sultanato promoveu uma série de reformas para evitar o avanço da penetração europeia. Reorganizou a administração, fortaleceu o Exército e comprou artilharia e rifles no exterior. Contudo, as reformas malograram devido sobretudo à ausência de um aparato governamental  adequado e à resistência da elite tradicional. A inflação disparou e as tentativas de reforma monetária não foram suficientes. As opções eram gastar menos ou fazer mais empréstimos. Isso não ocorreu sob Mulay Hassan, mas sob seu filho Mulay Abdelaziz. O sucessor contava apenas quatorze anos quando ascendeu ao trono.

Sob seu governo o declínio transformou-se em crise. Abdelaziz acumulou dívidas e para pagá-las teve de arrendar a estrangeiros suas rendas alfandegárias, monopólios estatais e outros proventos. Mulay Hafid, seu irmão e também vice-rei no sul, ganhou apoio generalizado quando foi proclamado sultão rival em Marrakech no ano de 1907. Daí em diante, o Marrocos passou a ter dois soberanos e a dissolução do Estado foi total. A Europa entrou.

Tinham interesse especial no Marrocos: Espanha, França, Itália, Alemanha e Grã-Bretanha. Os franceses e espanhóis desejavam sair com parte do território marroquino, por sua vez, os demais buscavam alguma forma de compensação da qual se julgavam merecedores.

A Espanha achava que tinha reivindicação moral e histórica, seja por sua proximidade geográfica e pelo envolvimento comercial geral e marítimo com os marroquinos. Dos residentes europeus no Marrocos, os espanhóis eram grande maioria. As potências reconheceram o direito moral da Espanha a opinar nos negócios marroquinos, além de assegurar uma fatia numa eventual partilha. Pode-se deduzir isso do fato de as duas grandes conferências sobre o Marrocos terem tido como sede a cidade de Madri, em 1880, e Algeciras em 1906.

Para a Itália, o interesse no Marrocos estava relacionado a outro país. Em troca de aceitar sua intervenção na Líbia, a Itália estaria de acordo com o avanço francês no Marrocos.

O acordo anglo-francês esteve baseado em apostas maiores. A Grã-Bretanha era a potência colonial e marítima mais importante do mundo. Possuía ainda os maiores interesses econômicos no Marrocos, embora fossem quase exclusivamente de natureza comercial. Mais importantes que os fatores econômicos, era o peso estratégico marroquino em razão do estreito de Gibraltar.

Os interesses franceses no Marrocos eram basicamente comerciais e financeiros, mas sobretudo estratégicos. Tal como os ingleses, inicialmente preferiram adotar uma política de status quo, ou seja, uma política de esperar e ver. Depois, a anexação do Marrocos tornou-se objetivo político declarado. As mudanças na definição da política marroquina por parte das potências europeias baseavam-se em considerações geopolíticas e estratégicas e não da reavaliação da importância do próprio Marrocos.

Outrossim, vale ressaltar que o incidente de Fashoda foi ponto decisivo na política colonial francesa. A clara demonstração da determinação e capacidade da Grã-Bretanha de permanecer no Egito ajudara a produzir uma mudança de opinião entre os mais realistas colonialistas franceses, o confronto deu lugar a uma política de compensação. O Marrocos foi o novo preço pedido pela França para liquidar o valor de seu prejuízo no Egito.

Durante a Guerra Bôer, a França tentou conquistar o apoio da Alemanha para uma intervenção conjunta no Marrocos. Sem êxito, a conclusão foi que os alemães eram os principais rivais dos franceses, mesmo no campo colonial.

Foi a crise interna no Marrocos que tornou insustentável a preservação do status quo, antigo objetivo comum da política marroquina da França e da Grã-Bretanha. Um protetorado europeu parecia inevitável.

A Alemanha começara a interessar-se pelo Marrocos sob Bismarck, principalmente por motivos diplomáticos, já que para ele o Marrocos era um meio de dificultar a vida para a França. Qual era exatamente o objetivo da Alemanha? A diplomacia germânica estava confusa e faltava-lhe comando. Em suma, a Alemanha não sabia o que queria, mas sabia que queria alguma coisa.

A questão marroquina, portanto, assumiu uma importância que transcendia de longe a preocupação com o próprio Marrocos. As crises marroquinas eram os únicos fatos em toda a partilha da África a ameaçar a paz mundial. Uma guerra entre França e Alemanha se transformaria numa guerra europeia, inevitavelmente. Os vários aliados dessas potências seriam arrastados em virtude de pactos e alianças. Por isso é que o Marrocos desempenhou um papel tão especial na partilha da África.

Na Conferência de Algeciras, de janeiro a abril de 1906, duas questões importantes deveriam ser discutidas: o estabelecimento de um banco central internacional no Marrocos e a organização da polícia nos principais portos.

O resultado mais importante de Algeciras foi o isolamento da Alemanha. A França emergiu fortalecida do confronto, tanto em termos de influência real sobre o Marrocos quanto em sua posição diplomática. É verdade que a solução do Marrocos continuou sem solução, e os alemães ainda se encontravam em posição de provocar problemas suficientes para dificultar a vida para os franceses.

Enquanto isso, o Tratado de Algeciras proporcionou à França apoio estrangeiro suficiente para uma política de intervenção militar. A França e a Espanha combinaram, então, uma ação militar conjunta. O resultado foi o maior envolvimento francês e espanhol no Marrocos.

Em abril do ano de 1911, Mulay Hafid pediu ajuda militar francesa. A ajuda veio na forma de uma expedição militar e assinalou o início da segunda e última grande crise marroquina.

Os espanhóis reagiram imediatamente. Por seu turno, os alemães, enviaram a canhoneira Panther ao Marrocos, onde ancorou na costa de Agadir em julho de 1911.

Assim como outras potências, a Alemanha queria compensação. O fato de enviar uma canhoneira em vez de tropas significava que não estava seriamente decidida a invadir o país. Queria intimidar, não ocupar. No fim das contas, a Alemanha assinou com a França um acordo em que o Congo francês passaria ao poder dos alemães.

O Tratado de Fez, assinado em março de 1912, abriu o caminho para a partilha do Marrocos. Estipulou também que França e Espanha acertariam os detalhes. Na teoria, esse tratado estabeleceu um tipo de governo duplo no Marrocos. O sultão preservava sua prerrogativa de soberania, mas entregava o controle da justiça, defesa, relações exteriores e finanças. Na prática, o sistema de governo duplo acabou se tornando um sistema de governo direto da França. O Estado marroquino sobrevivia apenas na forma. No conteúdo, tornou-se francês.

A real sujeição do Marrocos não ocorreu. Logo depois que vieram a público os termos do tratado, as tropas e habitantes de Fez sublevaram-se e assassinaram todo europeu que puderam encontrar. O protetorado teve, portanto, de ser estabelecido pela força e isso acabou sendo uma tarefa longa e dispendiosa.

A conquista de todo o Marrocos só terminou em 1934, 22 anos depois da assinatura do Tratado de Fez. Em 1956, passados outros 22 anos, o Marrocos reconquistou sua independência.

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About Twitter (you know it!)

abril 14, 2010

As you may know, Twitter is a rich source of instantly updated information.

It’s easy to stay updated on an incredibly wide variety of topics.

You may join today and follow me @armendone.

Do not resist. I’ve given up today. Just a few minutes ago…

Join it, too. The sooner, the better!

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O progresso do Brasil, o avanço social do brasileiro

fevereiro 18, 2010

Missão dada, Missão cumprida. A equipe de universitários que representou a LaSalle-RJ no Projeto Rondon 2010 está de volta. Duas semanas de viagem à região norte do Brasil e (…)

What happens in Tocantins, stays in Tocantins.

Nem tanto, para saber um pouco mais do que aconteceu lá pelo Tocantins, visite nossa página em Lasalle Em Colmeia . Projeto Rondon 2010.

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Os novos desafios trazidos à agenda internacional e a sua relação com os processos de integração regional

outubro 28, 2009

É verdade que o número de acordos econômicos regionais apresentou expressivo aumento na década de 1990. Nesse contexto, o ‘Novo Regionalismo’ se fundamenta em mudanças para um ‘regionalismo aberto’, que significa privilegiar os demais países membros do bloco de que se participa, mas não ser protecionista em relação a terceiros.

Em contrapartida, alguns desafios de gerenciamento político imposto pelas rápidas transformações econômicas são, por exemplo, as questões ambientais, de desenvolvimento equitativo, segurança humana, e educação.

Esses novos desafios trazidos à agenda internacional estão relacionados aos processos de integração regional do fim do século XX e início do XXI, pois é dentro deles que muitas decisões são tomadas, metas são estabelecidas, pautas fixadas.

Tomemos como exemplo a discussão ambiental. Enquanto o pensamento econômico clássico estaria focado naturalmente em aumento de lucros, muitos debates são realizados em torno da preservação dos recursos naturais não renováveis e a destruição do planeta Terra. Assim, questões como responsabilidade sócio-corporativa e selos que asseguram a determinados produtos o comprometimento de seus fabricantes com a proteção ambiental tornam-se novos desafios para o sucesso de empreendimentos de todo o globo.

A especulação financeira e o consumismo desenfreado também são discutidos dentro e fora dos blocos regionais. A gestão de fluxos de refugiados é tema tratado não mais unilateralmente – é latente o caso da União Europeia, em que o indivíduo que entra por qualquer um dos países membros, não está limitado pela fronteira nacional, mas sim pela fronteira regional que o bloco representa.

Temas como nacionalismo exacerbado e tensão regional precisam ter solução encontrada com brevidade, pois instabilidades regionais comprometem de modo inequívoco o bom funcionamento de blocos regionais. Assim, mesmo a ajuda humanitária e a reconstrução física e institucional dos países atingidos por catástrofes naturais recebem nova perspectiva sobre o olhar de um mundo em que blocos regionais são um dos principais atores no sistema internacional.

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L’année de la France au Brésil

junho 17, 2009

(Douglas Armendone)

2009
L’année de la France au Brésil
Je la vois sous mon ciel
 
Une vision fantastique
romantique
 
Brésiliens, Français
liés, ils sont compatibles

clic
ces images viennent d’ailleurs
c’est mon clair de terre

Il faut désirer et revêr
Transformer

Développer notre Génome culturel

Un air de Carnaval
Sous la Tour Eiffel 

Lien solide et pérenne
Ça vaut la peine

Chez nous
Les inconnus se font familiers

Mon coeur, mon capteur

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Mudança climática, consumismo e degradação ambiental

junho 3, 2009

(Douglas Armendone)

O artigo trata das questões de mudança climática, consumismo e degradação ambiental. São utilizadas como ferramentas-base para a análise o documentário “Uma Verdade Inconveniente” e o episódio dos Simpsons “Embate de Titãs”. Outrossim, artigos acadêmicos, publicações especializadas e produções artísticas e literárias são também recursos aplicados.  

“O cérebro humano é maior que o dos primatas, mas os macacos não destroem o ambiente em que vivem”.

(autor desconhecido)

Freqüentemente, na graduação ou mesmo em outras etapas da vida escolar, o aluno costuma ler apenas trechos essenciais de algumas obras a fim de apreender o mínimo necessário dentro do curso/disciplina a que se dedica. Afora este ritmo de leitura que também é comum a mim, costumo buscar livros outros que não estejam diretamente relacionados ao meu campo de estudo: as relações internacionais.[1]

O último livro que li por inteiro é intitulado “Andar a pé”, leitura da qual logo me lembrei quando da proposta deste artigo. Em seu livro, Thoreau lamenta a evolução da civilização no sentido em que todo o progresso humano consiste na derrubada de árvores de grande porte e de florestas. Segundo ele, a prática não só deformaria o panorama, mas acabaria por torná-lo inexpressivo e vulgar. Também é ele quem diz:

Enquanto quase todos os homens sentem uma atração irresistível que os arrasta para a sociedade, poucos são atraídos fortemente para a natureza. Em suas relações com a natureza, os homens parecem-me, em sua maior parte, e em que pese sua arte, inferiores aos animais. Nem sempre se estabelece uma bela relação como no caso dos animais. Como, entre nós, se aprecia pouco a beleza do panorama. (THOREAU)

Ora, atualmente estão presentes nas discussões sobre questões ambientais atuais alguns autores tão radicais quanto o autor acima a quem faço referência. Conhecidos como ‘preservacionistas’, eles defendem a intocabilidade dos recursos naturais. Porém, existe uma outra vertente ambientalista, com a qual a sociedade ocidental aparenta mais identificação, e que é denominada ‘conservacionista’. Por sua vez, argumentam pelo uso racional dos recursos naturais e o emprego da ciência para mensurar os impactos da ação humana.

Uma e outra têm cada qual sua razão: a primeira classe enxerga a emergência do problema, mas é consumida pelo radicalismo característico que a torna estéril; o segundo grupo consegue identificar a necessidade de ação, em conjunto com o desenvolvimento almejado e imprescindível a inúmeros países.

Ora, não adiantaria tratar da questão ambiental exclusivamente dirigindo-se as suas consequências. A política acertada é aquela em que está incorporada a profilaxia, a prevenção e o emprego de meios para evitá-lo.

Na agenda de Meio Ambiente e Política Internacional atual encontra-se temas principais como: degradação do solo; poluição atmosférica, da água e do ar; crescimento demográfico; crescimento econômico e desenvolvimento social sustentável; segurança ambiental global; recursos genéticos e tecnologia; planejamento energético; mercado de crédito de carbono; etc.

Um dos principais entraves ao avanço nas questões ambientais é a suposta ‘falta de consenso’[2]. Pelo contrário, segundo Al-Gore, o que se nota é um número crescente de especialistas e cientistas seguros de que a ação humana influi e acelera a velocidade com que a mudança climática ocorre.

No ensaio intitulado “Verdadeiro Versus Falso” há um verdadeiro esforço por desconstruir o consenso científico reclamado por Al-Gore, assim reza:

 Há trinta anos começou a surgir a causa do meio ambiente, como sucessora de um desmoralizado intervencionismo econômico, para saciar a ambição de poder dos de índole autocrática. […] As maiores organizações de meio ambiente hoje têm orçamentos de centenas de milhões de dólares, são dirigidas por executivos com salários usuais em grande indústria, os quais empregam todas as artimanhas das agências publicitárias de Madison Avenue para tornar máxima sua renda. Tão grandes são suas custas de processos judiciais que alguns movimentos de meio ambiente mais parecem escritórios de advocacia, que carregam a reboque uma organização não governamental para criar casos.

 […] Uma especulação corrente, o aquecimento global por atividade humana, está rebatido na íntegra do artigo de Richard Lindzen, professor titular de meteorologia do Massachusetts Institute of Technology. Mas nem este instituto de tecnologia, o mais renomado do mundo, fica imune à pseudociência. Em 1972, esteve associado à publicação de Limits to Growth, obra basilar do movimento ecológico, com uma tiragem de milhões de exemplares, com previsões catastróficas que o tempo desmentiu. É hoje lembrado como exemplo das limitações de modelos matemáticos exercidos em computadores, no trato de questões complexas. Mesmo os supercomputadores atuais não têm capacidade para algo mais simples, a explicação e previsão confiável de fenômenos climáticos. (DITCHFIELD)

Menos controversa é que o consumo desenfreado causa distúrbios incontáveis. Trata-se o consumo de uma necessidade ou uma vontade? As leis que regem o comércio, como ilustrado no episódio “Embate de Titãs” dos Simpsons, reafirmam que muito do que é consumido pela sociedade é apenas uma tática comercial para aumentar as vendas de fabricantes e períodos mais tranquilos e de poucos lucros.

O fenômeno da globalização é geometricamente diverso ao longo de todo globo, não se trata de um fenômeno de ocidentalização ou universalização puramente, mas há tendência de suprimir-se grupos menores e localizados. O consumo em si, também não é uniforme.

Nadine Gordimer, em “A Face Humana da Globalização”, aponta que:

O consumo descontrolado no mundo desenvolvido erodiu os recursos renováveis, a exemplo dos combustíveis fósseis, florestas e áreas de pesca, poluiu o ambiente local e global e se curvou à promoção da necessidade de exibir conspicuamente o que se tem em lugar de atender às necessidades legítimas da vida. Enquanto os que fazem parte dessas gerações de consumidores precisam consumir menos, para mais de 1 bilhão de pessoas, consumir mais é uma questão de vida ou morte e um direito básico – o direito de libertar-se da carência.

O próprio sistema capitalista pode ser aqui criticado, como um dos elementos causadores do desequilíbrio na sociedade contemporânea. Vale ressaltar o documentário denominado “Lutzenberger For Ever Gaia” (Direção Frank Coe), que retrata a obra do ecologista José Lutzenberger, figura de grande expressão no movimento ecológico brasileiro e internacional. Neste documentário, Lutzenberger afirma que o Capitalismo e comunismo são, na verdade, duas seitas da mesma coisa, que é o industrialismo. Contudo, a sociedade de consumo é, no fundo, uma religião fanática, um fundamentalismo pior do que o do Bin Laden, acrescenta. E esta sociedade está arrasando o planeta. Para ele, há um governo mundial tecnoditatorial dos grandes grupos. O governo mundial é privado, logo o interesse principal desse setor não é a soberania ou a defesa interesse nacional, senão – digo eu – ampliar a margem de lucro de suas negociações comerciais.

Outra contribuição importante de Lutzenberger é salientar que o livre mercado não resolve tudo, até porque é manipulado. O mercado só vê demanda, não vê necessidades. Os mercados são cegos para as gerações futuras. Essas frases do ecologista gaúcho fazem progredir o entendimento de que a ação do Estado como regulador é essencial para conter a voracidade do mercado e suas imperfeições.

O Meio ambiente é definitivamente um recurso de poder. Portanto, deveria ser tratado como reserva de valor pelos Estados. O Governo deve estimular estratégias complementares para que haja, simultaneamente, progresso e proteção ambiental. O consumo cada vez mais crescente precisa estar em harmonia e compatível com a capacidade dos ecossistemas e das reservas existentes de recursos.

De outra perspectiva, é preciso lembra que o uso prolongado e em grandes quantidade de produtos químicos parta combater pragas na produção agrícola pode causar não apenas danos ao solo, a águas subterrâneas e à própria saúde do ser humano caso ingerido em excesso.

Até que ponto a tecnologia pode resolver os colapsos ambientais? Essa pergunta não pode ser respondida definitivamente, mas contar com o improvável e o incerto não é a melhor saída.

Quando afirmo que o Governo deve estabelecer medidas, incluo tanto o nível federal e estadual, mas também o municipal. O controle e o tratamento técnico adequado de aterros sanitários é importante no conjunto de políticas de proteção ambiental, pois se trata de depósitos de lixo domiciliar e também industrial, o saneamento e o gerenciamento do lixo afetam toda a estrutura da sociedade. Incentivos (p.ex. fiscal) dado pelo Governo a produtos biodegradáveis seriam interessantes, assim como contenção de despejos líquidos industriais e domiciliares que vão para o esgoto ou são levados a céu aberto. Enfim, a reciclagem permanece como elemento-chave contra o consumismo e mesmo o desperdício e deve ser trabalhada em conjunto com educação e conscientização da sociedade.

Além de discutir sobre a própria definição do termo ‘consumo’, Mello e Hogan afirmam que:

Apesar de algumas evidências e estudos apontarem a real possibilidade da ocorrência de uma catástrofe ambiental de proporções bíblicas e extensão global causada pelo hiperconsumo e pela gigantesca pressão antrópica sobre as bases de recursos naturais e os sistemas de manutenção da vida no planeta, ainda sabemos pouco sobre o consumo em si.

Como se nota, é preciso aprofundar o entendimento sobre o fenômeno do consumo e identificar e compreender as múltiplas interfaces dele com a dinâmica demográfica e ambiental em suas diferentes escalas. Pois, embora a explosão demográfica malthusiana não ter ocorrido – pelo menos não da forma e na intensidade esperadas – a explosão do consumo é, indiscutivelmente, uma realidade.

Nas próximas décadas o foco estará sobretudo na expansão dos mercados consumidores dos países em desenvolvimento – especialmente os grandes, como China, Índia, Brasil, Paquistão e Indonésia. (MELLO; HOGAN)

O Brasil não tem condições plenas de exercer a diplomacia do ‘talão de cheque’, portanto a diplomacia cooperativa é a base da sua política, essencialmente no setor agrícola, de biocombustíveis e de medicamentos. O desenvolvimento a qualquer custo é constantemente rebatido nos fóruns internacionais, o que leva o Brasil a atuar no cenário como interlocutor do desenvolvimento sustentável.

A posição do Governo brasileiro em relação ao Protocolo de Kyoto também tem suas justificativas, sejam elas:

  • a) a leitura histórica do problema (as emissões históricas dos países hoje desenvolvidos, como EUA);
  • b) a baixa emissão per capita (em relação aos consumidores estadunidenses, p.ex., que emitem muito mais pelo alto consumo individual de cada cidadão);
  • c) a matriz energética limpa (45% vem de fontes renováveis, ao contrário de China e Índia cujas matrizes energéticas são extremamente poluentes: carvão mineral e derivados do petróleo); e
  • d) a contribuição dos biocombustíveis.

Para concluir, trago outro texto que não me foge à memória e cujo autor é filho do também escritor Mário Prata. Na crônica intitulada “Privada I: o homem e sua obra”, afirma Antonio Prata:

 Após dar a descarga, nosso cocô é mandado para esgotos submersos, que desembocam em rios que vão dar lá longe no oceano. Sanamos o problema por enquanto, mas é só uma questão de tempo.

 Todo esse cocô está se unindo, formando o maior movimento underground do mundo. Nossas cidades, nossos países estão boiando sobre rios de merda. Fala-se muito no fim do petróleo e no fim da água, mas não será assim que nós morreremos. Numa incerta manhã um cidadão dará a descarga e, como na piada, ouvirá o estrondo: o subsolo, entupido, explodirá. A verdade, reprimida por séculos e séculos, emergirá. Só nesse dia todos perceberão o tamanho da cagada em que nos metemos desde o dia em que resolvemos sair da floresta. E não haverá sachê nem bom ar que dê jeito. Como se sabe, só as baratas sobreviverão. (PRATA)

 A análise dos argumentos apresentados, apesar do enfoque lúdico do artigo, demonstra o quanto o tema está em voga e recorrente em diversos formatos de mídias. Não há dúvidas de que o lixo não desaparece, o planejamento é crucial. Como salientou o ex-vice-presidente Al-Gore, há sobretudo hoje a necessidade de  que os Governos arquitetem políticas públicas efetivas para a proposição de soluções.

Aos Estados que tanto se ufanam de suas democracias cabe indiscutivelmente liderar a iniciativa, alguns com papel mais incisivo dada sua condição social e econômica mais avançada, e outros desempenhando o papel conforme possível dentro de suas estruturas. O que defendo não é algo novo, senão o ‘princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas’, defendido pelo Governo brasileiro.

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[1] No meu ponto de vista, o curso de Relações Internacionais está sujeito às mesmas regras que outros cursos/disciplinas: a multidisciplinaridade é recorrente, pois nenhum assunto é tão distante ou estanque que não possa interessar, participar, influenciar e explicar essas relações.

[2] Em seu documentário, Al-Gore afirma que o não-consenso é mínimo. Uma parcela mínima que parece chamar a atenção mais do que deveria, uma oposição equivocada e contrária aos dados hoje adquiridos.