Posts Tagged ‘Karl Marx’

h1

Dialética marxista

maio 22, 2009

Dialética marxista > o movimento histórico é derivado das condições materiais da vida.

Analisa a história do ponto de vista dos processos econômicos e sociais e a divide em quatro momentos:

  1. antiguidade
  2. feudalismo
  3. capitalismo
  4. socialismo

Cada um dos três primeiros é superado por uma contradição interna, chama ‘germe da destruição’.

A contradição da Antiguidade é a escravidão; do Feudalismo, os servos; e do Capitalismo, o proletariado.

O SOCIALISMO seria a síntese final, em que a história cumpre seu desenvolvimento dialético.

O COMUNISMO seria a etapa final da organização político-econômica humana. A sociedade viveria em um coletivismo, sem a divisão de classes nem a presença de um Estado coercitivo. Para chegar ao Comunismo, os marxistas prevêem um estágio intermediário de organização, o socialismo, que instaura uma ditadura do proletariado para garantir a transição.

Esses operários, obrigados a vender-se diariamente, são mercadoria, artigo de comércio, como qualquer outro; em conseqüência, estão sujeitos a todas as vicissitudes da concorrência, a todas as flutuações do mercado”. (Marx & Engels)

A religião é o ópio do povo (Marx).

O marxismo é o ópio dos intelectuais. (Raymond Aron)

Contribuições adicionais ao Marxismo

 
–          Rosa Luxemburgo

–          Lenin

  1. imperialismo como estágio supremo do capitalismo.
  2. em meio às guerras de expansão se dará a crise do capitalismo e a eclosão das revoluções socialistas.

 
–          Wallerstein

  1. Sistema-Mundo: núcleo, semi-periferia e periferia
  2. Quando o capitalismo não puder mais se expandir, entrará em crise.

 

Extras

 
Teoria da Dependência (FHC e Raul Prebisch) (CEPAL) .

O sistema internacional encontra-se dividido em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os do Norte são industrializados e comercializam produtos de alto valor agregado, os do Sul são agroexportadores, vendendo matérias-primas a baixo valor agregado, gerando desigualdade nos termos de troca. Para inverter essa situação é necessária uma ‘revolução’ produtiva interna nestes países pobres visando sua modernização.

h1

Marxismo (pressupostos básicos)

maio 20, 2009

4 temas principais (segundo Halliday

  1. a determinação material
  2. a determinação histórica
  3. a centralidade das classes
  4. a revolução

marxA forma de produção (artesanal ou industrial), dos bens, e os seus objetivos (solidariedade, sobrevivência ou lucro) definirá a forma como a sociedade está organizada.

A sociedade, sua política, cultura e ideologia são determinadas por fatores socioeconômicos.

Para Marx, as classes são as principais agentes da vida política e doméstica internacional, constituindo-se nas ‘locomotivas’, ‘parteiras’ da história a partir de seu conflito permanente.

h1

Notas sobre o Marxismo

dezembro 3, 2008

Marx tinha certeza do alcance global do capitalismo e de seu movimento expansionista e universalizante e também de sua força modernizadora e civilizatória.

No Marxismo, o capitalismo deve ser compreendido como uma força histórica, portanto, não um acontecimento natural, mas sim produto do social. A expansão do capitalismo para a periferia criaria condições para sua aceleração e superação pela tendência à estagnação (por causa do grande número de oferta sou levado a produzir menos), concentração do capital (a crítica liberal feita é que sem concentração de capital não há como investir, não há como crescer com o capital pulverizado) e queda da taxa de lucro. O combate ao capitalismo se daria pela União Internacional dos trabalhadores. O problema é que a existência dos Estados e da “questão nacional” enfraquece essa união. Marx afirma que é um passo necessário à construção de uma sociedade igualitária, a destruição do Estado, então, a política como dominação desapareceria, dando lugar a uma gestão radicalmente democrática da vida social.

Lênin aponta que a contradição entre nações capitalistas (imperialistas) é determinante para desencadear o processo revolucionário que levaria à queda do capitalismo. Lênin fala da importância do Estado, é através dele que se desenvolve o conflito entre as nações, entre dominadores e dominados. O conflito passa de vertical (de classes) para horizontal (entre nações). A mais importante invocação introduzida por Lênin na abordagem marxista do capitalismo internacional foi a consideração dos Estados nacionais como atores do sistema internacional, em substituição às classes sociais.

A asserção mais importante dos dependistas acerca da dinâmica do capitalismo mundial aponta o subdesenvolvimento como produto do desenvolvimento das forças produtivas globais, ou melhor, das economias dos países do centro capitalista. A vertente cepalina, diferente de Marx e Lênin, vê o capitalismo e sua expansão como negativos, pois desde o início há dominação de classes. As formas como a desigualdade se manifesta na economia internacional são partes do processo de dominação que perpetua a exploração inescapável e, sobretudo, nesse processo não há o caráter moderador de Marx e Lênin.

O sistema-mundo tem por base o desenvolvimento desigual do capitalismo global e suas estruturas de dominação. Esse sistema proposto por Wallerstein é regido por leis de movimento que levam à exploração das economias pobres pelas economias centrais (ricas).

Quando opta pela abordagem sistêmica, Wallerstein passa a concentrar sua atenção nas características estruturais do sistema-mundo, neste caso, como o processo de acumulação de capital se organiza no tempo e no espaço.

O conceito de sistema-mundo é o ponto de partida de Wallerstein. Ele trata o sistema internacional como uma única estrutura integrada, econômica e politicamente, sob a lógica da acumulação capitalista.

Essa lógica da acumulação capitalista explica porque os centros de poder econômico mundial se deslocam geograficamente ao longo da história, e a dimensão temporal da acumulação mostrará como o sistema evolui na história. Wallerstein mostra como esses deslocamentos coincidem com ciclos de expansão e declínio econômico relacionados a fatores como comércio, investimento e tecnologia. Os momentos de crise de um são o momento da glória de outro. Momentos de crise são propícios para que potências emergentes reivindiquem maiores espaços de poder nas relações internacionais e maior participação nos fluxos de investimento.

Ao longo do processo histórico, produz-se uma organização espacial do sistema-mundo. Os Estados podem situar-se em três áreas possíveis: o centro, a semiperiferia e a periferia. Essas três áreas formam uma hierarquia de poder tanto econômico quanto político. O enfoque wallersteiniano mostra um capitalismo atravessado por contradições e ele acredita que tais contradições levarão a crises cada vez mais profundas, será o limite de expansão capitalista que provocará perda do dinamismo e, assim, o sistema entrará em colapso.

xxx